E agora? Vida produtiva após os 50!

Bora Trabalhar?

E agora? Chegaram os 40 e os 50 estão batendo à porta!  Sempre pensamos nestes temidos certeiros dias e o que faríamos nesta idade.

Nos preparamos com medo de ficar à deriva, sem emprego, sem renda, com os filhos “quase criados”, como diz minha mãe.

Meu pai, que pouco estudou, mas se lamentava sobre isto e andava com dicionários sempre ao alcance, para não falar ou escrever errado, dizia para as três filhas, lá pelos idos de 1980: “Estudem para não dependerem de marido, pois se algo der errado, mete o pé na bunda deles e segue a vida”!

Vale aí o exercício de empatia para a época!

Parece meio clichê, e é, mas a frase “a vida passa rápido demais” é a mais pura expressão da verdade.

O medo de estalar os dedos e estar com 50 anos dependendo de alguém para sobreviver, é um pânico, e é cada vez mais estressante quando passam os dias e a crise chega, como nestes “idos” de 2017.

Idos mesmo, porque a cada minuto, principalmente em se tratando de Brasil, parece que vivemos décadas, sem podermos acompanhar por completo as peripécias do mundo moderno e onde realmente nos encontramos inseridos nele.

Mas aí vem a pergunta: 50? Já pensando em parar? Pois é, geralmente nunca pensamos seriamente nisto, e nem pretendemos parar.

Atropelamos a nós mesmos em um ritmo frenético de bons empregos em grandes empresas, multinacionais ou nacionais de grande porte, etc, mas, de repente, não sei como – e “de repente” não é expressão, é repentinamente mesmo – a gente se vê aceitando um salário menor, numa empresa sem expressão, “para não ficar parado”, e simplesmente não aguenta.  A cultura é muito diferente, já foram muitos degraus galgados com muito sacrifício, então achamos que não vale a pena um novo começo, do zero, e saímos.

Aí começa a tal da “transição de carreira”, nome chique para explicar aos outros que estamos sem emprego, buscando sabe lá o que para fazer, porque já não te aceitam mais tão facilmente para o que fazia.

Fica pensando em tudo o que estudou, tantas pós-graduações, viagens e cursos internacionais, treinamentos para coach (coach de quem agora? – Ahhh, dos filhos, sorry!).

E então?  Montar um negócio? Arriscado na crise.  Fazer um concurso? Maturidade boa para isto, mas, e enquanto estuda, vai ganhar o que? Se trabalhar não tem foco para estudar!  Fazer bicos sobre o que melhor sabe fazer!  Ótimo!  Mas sabe fazer o que mesmo?  Compras, vendas, logística, marketing, docinhos de família, bijuterias…  e por aí vai…

É uma boa oportunidade para se pensar que é tempo de começar a fazer o que se gosta na vida, pelo menos se você sabe do que gosta, e começar a se especializar nisto, pois vai precisar ser melhor do que quem já está na área.

Tenho visto uma propaganda do SEBRAE sobre o “Consultor Senior”, que emprega ex-bancários aposentados para aconselharem financeiramente pequenas e médias empresas. Será que estamos começando a evoluir?

E qual o ambiente mais democrático hoje: a internet. Tudo converge pra lá. Artes, design, viagens, fotografia, pintura, organização, consultoria em “n” assuntos, treinamento e desenvolvimento de pessoas, etc….. Boa ideia! Transição de carreira, futuro, começar do zero, afinal, quem disse que a vida é fácil né?  Internet, porque não?

Aí você vai pesquisar as opções!  Neste momento é que você descobre o quão forte você é emocionalmente para se manter firme e seguir adiante!!  Parece que tudo o que você pensa já tem alguém fazendo!!

É incrível!  Será que existe algo que você saiba melhor do que alguém? É um pouco assustador sim, mas se você gosta muito de algo, é bom nisto e quer mostrar e ensinar os outros, é possível descobrir aos poucos a ganhar seu espaço!

Sua experiência de vida com certeza é suficiente.

Será sua segunda vida profissional, porque hoje vivemos mais de 80 anos!  Ficar fazendo o que até lá?  Não dá para jogar xadrez na praça por mais de 30 anos né?

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